MIlitary Post

Military Post

O que aconteceria se Riza virasse a garota da capa?
Cap. I – Military post
Era sábado, e justo o pior sábado do mês. O sábado em que tinham que trabalhar. Riza, como de praxe, já havia cumprido esse extra durante o mês e não estava presente.
- Gente, vocês viram aquela Marine? Gente, aquilo é um espetáculo!
- Com certeza! Que corpo é aquele! Muito gostosa!
- Ruiva, branquinha e vocês repararam na comissão de frente!
- Minha nossa!!
Roy apenas ouvia, Marine era realmente muito linda. E era muito “fogosa”, visto que já havia se encontrado com ela. Um sorriso sacana brotou nos lábios do moreno ao se lembrar da noite que passaram juntos.
- O que foi, general?
- Nada. – aquele sorriso não se desfaria durante algum tempo – Voltem a trabalhar.
Os rapazes sabiam que aquele sorriso era por causa de alguma lembrança feminina. Então resolveram não especular, naquela hora.
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Do outro lado do quartel, no vestiário feminino, Riza trocava-se para treinar o físico. Afinal, também tinha que manter um bom condicionamento físico. E o treinador Smith só tinha tempo de lhe dar atenção aos sábados.
Fora esse homem que lhe ensinou a atirar quando tinha quatorze anos, a pedido do avô que era um velho amigo, mas depois, Riza tornou-se um talento.
- Hawkeye...
Riza ajeita a calça leging preta e endireita o corpo.
- Hynahya.
- Veio treinar?
- É o que parece.
- Hum...
A ruiva de contornos tão sinuosos quanto a loira estava escorada no armário alguns metros a frente.
- O que você quer, Marine?
- Nada. Só fazer uma social com a rainha do gelo da Central...
- Qual é o seu problema comigo?
- Querida, eu não tenho nada contra você. Só vim falar que vou participar do concurso “Garota da Capa” da Military Post... Você vai? – aquela mulher tinha o dom de irritá-la – Oh, desculpe. A senhorita Hawkeye, não pode se meter em alguma coisa desse tipo, que escândalo seria!
Military Post era a revista de fofocas dos militares. Nove entre dez, liam a revista. Homem e mulheres. Uma revista que fala de astrologia a calibres de arma. Fofocas de encontros dos militares...
Tinha de tudo nessa revista...
- Que interessante...
Riza começa a sair.
- Eu entendo sua reação, você não teria a menor chance. Convenhamos, querida, você pode ser a melhor atiradora do país, mas não faz o tipo que agrada os homens.
- Só porque eu não fico me oferecendo como você, não quer dizer que eu não seja desejável.
- O cara mais mulherengo dessa cidade é seu chefe e nunca tentou nada. Querida, aquele ali sabe de longe se a mulher lhe agrada, mesmo ela estando vestida de freira... É fato, você não é atraente!
Riza estava com uma vontade absurda de bater naquela ruiva. Arrancar aquele sorrisinho, mas se conteve, não queria ser acusada de agressão aos animais.
- Pense o que quiser, Mari-corrimão.
Riza citou um apelido que fora dado à ruiva na academia por ela ser muito rodada. A ruiva ficou quase azul de raiva, aquela loira era uma vaca, em sua opinião.
Riza não conteve o sorrizinho ao sair. Havia ganhado o dia depois ver a cara de quem chupou limão da ruiva. Mas uma coisinha apitava dentro do peito da loira, aquela disputa que as mulheres têm entre si.
Fora um tapa na cara, a ruiva dizer que Riza não era atraente. E usar logo Roy como exemplo dessa falta de charme...
Riza sabia que era atraente, tinha espelho em casa e seus casos confirmavam isso, mas aquela coisinha queria esfregar na cara daquela oferecida que ela podia ser atraente sem ser oferecida.
- Riza?
A loira não notou a aproximação de Scieska.
- Oi, desculpe, não te vi chegando.
- Que nada! O que a Marine queria com você?
- Me irritar! Ela nunca superou.
- Superou o quê?
- A Marine é três anos mais velha que eu, se não se engano, então quando eu entrei na academia militar, ela já era veterana e bem popular. Era aquele tipo que dormia com quem a quisesse, bastava falar algum agrado. Bem, eu cheguei, era normal, eu nunca fui de ficar me oferecendo e muito menos dormindo com qualquer um e um dia teve uma festa a fantasia. Eu fui com uma fantasia de Cleópatra muito invocada e ganhei dela que jurava já ser a campeã.
- Concorrência feminina...
- Mas tem mais.
- O que?
- Nessa mesma festa, ela queria ficar com um cara, eu nem me lembro do nome dele, mas eu sei que ele não a quis e veio para o meu lado. Eu não queria ficar com ele, estava com outra pessoa em mente, um o irmão de uma amiga, mas isso não vem ao caso. Só sei que quando ele saiu de perto de mim, ela chegou parecendo uma galinha choca dizendo para eu não ousar chegar perto do homem dela...
- Hum... – Scieska fez uma careta –
- Aquilo me irritou muito, então de pirraça, eu fiquei com o cara e na frente dela, no começo. Ele era legal e bem... Competente. Mas eu não me orgulho disso e ela nunca aceitou que a “pirralha” se saísse melhor.
- Nossa! Pelo menos a noite foi bem aproveitada.
As duas riram e continuaram a caminhar.
- Mas e agora, o que foi que ela fez? Você não me parece muito feliz.
- Disse, com todas as letras, que eu não sou atraente.
- Ui! Cara, isso dói mais que um tapa na cara!
- Eu sei...
- Ela vai entrar naquele concurso da Military Post, não vai?
- Vai, ela falou algo sobre isso.
- Não só para você, para todas. Sabe com aquele ar de superior, como se quisesse dizer que ninguém tem chance. Tem um bocado de militares loucas para bater nela!
Scieska e Riza riem mais um pouco.
- Olha, eu não sou cega. Ela e aquelas duas amigas são muito bonitas, não vejo que nenhuma das garotas que eu vi que vão participar possa ganhar. Tem que ser de outro quartel.
- Ou...
Scieska acabava de ter uma idéia.
- Ou que? – Riza estava desconfiada –
- Entra nesse concurso.
- EU? BEBEU?
- Riza, você é linda. Ganha fácil daquelas mocréias!
- Não... - Riza ria – Eu não vou me meter nisso.
- Vai Riza, você não precisa ganhar, precisa e vai ficar apenas em uma posição melhor que a delas.
- Vai você.
- Olha, eu não feia, mas também sei que não tenho cacife para concorrer com ela... Vai, vingança! Garanto que ela nunca mais te enche!
- Não mesmo! Scieska, eu venho de uma família muito tradicional, acho que meu avô só não acha que sou virgem, pois me conhece muito bem e sabe que não esperaria até casar... Tanto porque não pretendo casar por enquanto.
- Riza, é só o concurso de uma revistinha de fofoca! Você acha que vai ter repercussão nacional? Que isso, tipo, fora que só as fotos das dez melhores colocadas do país vão sair, e tem todo um país concorrendo...
- Okay, só porque eu quero ver a cara de tacho daquela ruiva quando eu ficar em melhor colocação que ela. Mas isso não sai daqui! Não conte para ninguém!
- Eu juro! Minha boca é um túmulo!
- Vamos ao vestiário para que eu troque de roupa, tenho um amigo que vai poder fazer as fotos.
As duas trocam de curso, passando a caminhar para o lado oposto.
- Você não ia treinar?
- Depois faço isso!
- Então ta! Mas quem é esse amigo?
- Ivis Monblant.
- QUEM??
- Isso mesmo, o fotógrafo mais falado do momento.
- Como você o conhece?
- Eu não disse que minha família é muito tradicional? Digamos que essa tradição traz algumas mordomias, como estar sempre nas festas das altas rodas. De vez em quando, eu dou um pulinho nessas festas para fazer meu avô feliz... E um dia eu o conheci, já faz alguns anos, ele não era tão famoso, mas eu fiz uns favores e ele está me devendo.
- Nossa!! Vou conhecer o Ivis Monblant!
- Ele é muito legal, é ótimo falar com ele. Você vai adorá-lo.
- Riz, essa ruiva vai se arrepender de ter mexido com você.
- Vai mesmo! Se ela quer brigar, vou mostrar quem pode mais.
- Isso!
As duas vão para o ateliê do jovem fotógrafo, aquela história ia dar o que falar...
Continua...

hahaha, a história da Riizinha é muito boa *-*

ficou boa \o ...curti o estilo de escrita.